Inúmeras vezes fui questionado sobre essa complexa questão. Talvez seja impraticável dar uma resposta definitiva a essa indagação, porque o tema envolve critérios de avaliação de competência, alguns extremamente objetivos, como conhecimento atualizado das leis, normas e regras e sua aplicação, pois ser um expert no conhecimento das normas não implica necessariamente capacidade e regularidade de colocá-las em prática. É importante destacar que o desconhecimento dessas regras gerais do xadrez por parte dos competidores geram destes avaliações inadequadas sobre o comportamento do árbitro.
Outros critérios permeiam a subjetividade, quando os enxadristas avaliam características dos árbitros como seriedade, simpatia, empatia, flexibilidade possível, exercício da autoridade, controle emocional, espírito de liderança, humildade para retomar a normalidade, percepção antecipada de eventuais problemas, etc. Inevitavelmente aspectos emocionais comprometem a avaliação do árbitro pelo jogador, sobretudo quando houve, no passado, uma decisão do árbitro contrária aos interesses pontuais do enxadrista, ou até mesmo um erro de interpretação do árbitro na solução de um impasse numa competição.
Uma avaliação isenta deve necessariamente abordar erros e acertos do árbitro no decorrer de suas atuações e não isoladamente por alguns fatos específicos de uma partida ou uma única competição.
Fonte: Clube de Xadrez On line.
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