quinta-feira, setembro 12, 2013

10 PERGUNTAS PARA LARA CAROLINA MALANOWSKI

O Blog Xadrez Piraí entrevista a atual campeã dos Jogos Escolares da Juventude (antiga "Olimpíadas Escolares"). 

Lara nos conta sobre seu inicio, como foi ganhar o evento mais importante do xadrez escolar do Brasil, a pressão que sente frente aos eventos e sua preparação para o sul-americano na Argentina.
Lara Carolina Malanowski começou a jogar xadrez aos 6 anos de idade, "eu via meu irmão e minha mãe jogarem e sempre meu irmão dizia para eu sair de perto porque ia derrubar as peças, então minha mãe um dia me colocou no treino no colégio e um dia o professor (Jesus Clayton de Oliveira, atual técnico das equipes dos Jojups e Japs de Ponta Grossa) ligou falando pra eu ir em um torneio e aí eu comecei... haha".
Lara é um talento nato do xadrez, suas conquistas falam por si. Certamente a medalha de ouro conquista para o Paraná é motivo de grande orgulho para o nosso esporte. Sem sombra de dúvidas está no hall das melhores enxadristas da categoria. Lara é exemplo de dedicação e disciplina, alicerces para o sucesso. 

1. Como é sua rotina de treinamentos?
No colégio eu treino quinta-feira e todo dia procuro dedicar pelo menos 1h, 1h30 em casa treinando e jogando pela internet, antes do campeonato a gente treinava praticamente todos os dias.

2. Nos últimos meses você tem conseguido ótimos resultados, tanto em eventos locais, como nos regionais e agora em nível nacional. Como encara tudo isso? Sente-se pressionada a sempre repetir os bons resultados?
Eu fico muito feliz em ver que todo meu esforço e dedicação estão valendo a pena, e de um jeito ou de outro quando vou nos torneios existe certa pressão, mas sempre busco estar treinando para na hora de um torneio colocar tudo em pratica e conseguir um bom resultado.

3. Em outubro acontecerão os Jogos da Juventude, em Umuarama, qual a sua expectativa para essa competição?
Vou dar o melhor de mim para conseguir medalhas nos individuais.

4. Ponta Grossa sempre está entre os favoritos, seja no xadrez masculino, seja no feminino nas competições oficiais, Jogos Abertos, Jogos da Juventude, Jogos Escolares, a que você atribui esse destaque? É um trabalho de equipe, a dedicação de cada atleta ou uma soma de ações?
Acredito que o trabalho da equipe poderia ser melhor, individualmente treinei muito para obter esse resultado juntamente com o Lucas (Lucas Silvestre Borges), meu técnico do Sepam.

5. Fale um pouco sobre sua mais recente conquista, o título de campeã dos Jogos Escolares da Juventude, em Natal (de 05 a 08 de setembro). Como foi sua chegada, o que esperava, enfim, como você enfrentou tamanho desafio?
Acredito que estava bem treinada, foi preciso muito foco e muita concentração... inicialmente eu esperava ficar entre as 3, fui com objetivo para ganhar por ser meu último ano na categoria B, acho que a ficha não caiu ainda mas fiquei muito feliz em ver que todas as horas reservadas para o xadrez valeram a pena. Foi um torneio bem equilibrado pois eram selecionados os campeões de cada estado, era importante sempre estar focada na hora da partida, não se desconcentrar porque qualquer errinho poderia perder o título. Agora pretendo aumentar meus treinos para me preparar para o Sul-Americano que será na Argentina.

6. Você pretende continuar com o xadrez a longo prazo? Tornar-se uma jogadora profissional?
Sim, eu tenho um sonho de ser uma jogadora profissional, conseguir um título de WMF, vou continuar me esforçando e quem sabe um dia realizo esse sonho!

7. De uma maneira geral, o xadrez tem sido valorizado, no Paraná ou em nível nacional? Ou apenas algumas cidades desenvolvem projetos voltados para o xadrez de rendimento?
Na minha opinião a valorização do xadrez aumentou muito nos últimos anos tanto em nível nacional quanto estadual. Muitas cidades sempre procuram fazer torneios e reunir bastante pessoas de mais de um estado.

8. Qual sua opinião sobre a divisão da modalidade de xadrez em divisão "A" e "B" nos Jogos da Juventude"?
Acho importante essas divisões pois de certo modo o nível de xadrez do grupo B muda para o nível do grupo A. Além de mudar a maturidade dos atletas de um grupo para outro também.

9. Você tem algum ídolo no xadrez? Algum jogador que a inspire?
Tenho sim, sou apaixonada por Garry Kasparov, adoro seu estilo de jogo, busco sempre estar vendo suas partidas. E também me inspiro muito na Susan Polgar e em sua história, de como conseguiu chegar aonde chegou.

10. Qual a maior virtude e o que precisa melhorar na enxadrista Lara Carolina Malanowski?
Acredito que sou bem dedicada, focada e determinada, quando quero algo, vou lá e faço até conseguir... e creio que preciso melhorar na questão de medo, preciso perder o medo, se vem alguém e fala que tal pessoa joga bem, já ganhou vários títulos, na hora de jogar com essa pessoa fico um pouco mais nervosa e com medo mas estou trabalhando nisso e espero um dia ir a um torneio forte e jogar com todos bem calma, sem medo.
E também preciso melhorar meu trabalho psicológico quando estou sozinha em torneios, percebo que em torneios que vou sozinha, sem técnico, não vou tão bem quanto os que estou acompanhada com técnico me dando atenção.

Considerações Finais.

Agradecer ao Lucas por tudo que ele tem feito por mim, me ajudado, sem ele seria muito mais difícil... agradecer pelas noites que ele saía do trabalho e vinha direto para minha casa jogar, treinar e passar material, que quando me via online no facebook vinha perguntar se tinha visto o material, agradecer por ele estar sempre ali cobrando, me dando atenção, muitas vezes até deixando de lado algumas coisas suas para se dedicar comigo, acho isso muito importante e admiro muito!

O Blog Xadrez Piraí agradece Lara Carolina Malanowski pela entrevista. 

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